quinta-feira, 8 de julho de 2010

RETORNO DO RECESSO

Caros amigos, após 35 dias, volto a normalizar a postação(agora quinzenal) dos trabalhos.
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A essência da liberdade
todo ser pode senti-la:
O fluido do amor invade
a consciência tranqüila.


Quanto mais a idade avança
mais minha alma se aprimora;
meu coração de criança
brinca de saudade agora!


Dinheiro não cai do céu
e de pedra não sai leite.
quem espera sempre ao léu
não passa de um mero enfeite!


Façam o povo feliz:
A mente aberta é capaz
de saber o que se diz
por saber o que se faz!


Por que o poeta é sensível
de tal forma a sofrer tanto?
...Seus olhos em qualquer nível
represam dor... flui o pranto!


Foi excesso de cautela
a causa do meu tormento:
Guardei o retrato dela
dentro do meu pensamento!


Coração desiludido
não culpe ninguém por isso;
se agora vive esquecido...
é porque já foi omisso!


Prostrado em minha arrogância
à humildade hoje me entrego;
ficou menor a distância
sem o peso do meu ego!


Se letras tivessem pernas
calçariam matemática;
andariam mais fraternas
com teoria na prática

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J O I O

Por que nós complicamos singelezas
pelo simples sabor de afirmação;
por que não escutar o coração
que pulsa as vibrações das incertezas...

se temos ao alcance o corrimão;
degraus que facilitam mãos coesas;
o dom de emocionarmos às belezas...
Por que só ver a luz na escuridão?

Estamos de passagem simplesmente.
Abrindo com desvelo nossa mente
o mundo é bem maior em nosso espaço.

Por que nós complicamos as passagens
seguindo a realidade das miragens?
A vida é bela e o tempo é bem escasso!
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F A N A L

O tempo é um corredor de maratona
que a todos nós compete um fim preciso,
porém alguns alcançam paraíso
e muitos mal conseguem vir à tona.


Quem aproveita o espaço do juízo
desvia da cancela que o detona.
O fugitivo corre na carona
da ventura fugaz de um indeciso.


Recuperar o tempo esvoaçado;
catar os cacos lânguidos na fonte
é maratona e a história se repete:

Para chegar sadio do outro lado
nem que a distância for para o horizonte
setenta vezes sete vezes sete!
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ESCRAVO DO ADEUS


Um lenço branco ao longe é uma constante
na solidão que eu mesmo construí,
escravo do meu ego ao seu talante;
verdugo da humildade que perdi.


No pensamento agora tão errante
vislumbro espelho frágil que parti.
Malgrado a juventude me acalante
macróbio em lassidão detenho aqui.


Foi tudo uma serpente intempestiva.
Fugimos em veredas dolorosas...
mas hoje estás feliz, muito bem viva.


Divides teu caminho com as rosas...
e eu somo à solidão a minha vida
multiplicando as mãos da despedida!
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HARMONIA DO OLHAR

Um mavioso som esparziu-me à mente
de repente, alucinadamente,
ao deparar-me no alarme do olhar
do teu mundo de olhar.
No ínfimo espaço do nosso íntimo
apenas o som das veias
que incendeias nas entranhas.
Uma canção acaricia
os nossos tatos dos olhos.
Latente harmonia
explode em êxtases...
e deparamo-nos no santuário
onde a pauta é infinita.
É o coral do suprassumo!
Ali mesmo se chega às estrelas!
Nossos corpos são nossos olhos!
Adentramos nas almas
e purificamos a eternidade!!
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Um comentário:

  1. Poeta, este seu site de poesias é uma beleza!Pude ler alguns poemas e gostei de todos, principalmente dos sonetos, em que você se revela um verdadeiro artífice dos versos. Sempre quando me soprar um tempinho, virei aqui beber dessa fonte límpida e pura de sua poesia para aplacar a minha sede de beleza e encanto...Grande e afetuoso
    abraço, xará amigo!

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