quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

HOMENAGEM - II

AOS AMIGOS

Quantos amigos queridos
encontrei neste pedaço.
Os tempos auriluzidos
ressuscitam farto abraço

provando que a vida é bela;
distância, curta demais.
Surge alegria na tela
em lembranças imortais.

Sejam bem-vindos, irmãos;
este espaço é todo nosso.
Unamos as nossas mãos...
eu desejo e sei que posso

disseminar meus carinhos
em palavras de incentivos.
São iguais nossos caminhos
na eternidade de vivos!!
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AOS QUE PARTIRAM

Os nossos entes queridos
que partiram para o além
jamais serão esquecidos;
nãos nos esquecem também.

Leve pranto de saudade
refrigera o nosso enlace.
Uma brisa nos invade
e a esperança então renasce.

Detenhamos conformismo;
o futuro nos espera.
Ausência não é abismo;
presença não é quimera.

Elevemos para o céu
orações para o conforto.
E quando subir o véu...
é ver: ninguém está morto!!

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TRIBUTO AO POETA


Doutor Miguel, tens o potencial
de Lupicínio, na facilidade
em burilar palavras ao fanal
pondo mais luz à tênue claridade.


Nas linhas afinadas de um coral
as letras tecem espontaneidade.
E tudo isso num tear normal.
Pano de fundo: sensibilidade!


Senhor dos sons suaves, sementeiro
dos lírios ao lirismo luzidio;
das pérolas perenes, peneireiro.


O tempo caudaloso do seu rio
jamais se apagará no imenso mar
pois sempre existirá o verbo amar!

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Bauru, 14 de julho de 2009.

Obs. Ao Dr. Miguel Russowsky, um dos maiores sonetistas do Brasil, falecido em 03.10.2009

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P R E S E N Ç A

Após tua partida, meu bom pai,
o ar de nossa casa continua
com o mesmo perfume que não sai...
e que nossa lembrança perpetua.

A poltrona vazia ainda é tua;
reluz a imagem que jamais se esvai.
Esta saudade angelical atua
numa alegria que um bom sonho atrai.

Partiste, sim, mas para sempre não;
nossos laços jamais se romperão;
a tua luz é essência de um fanal.

Se esta distância não existe agora,
por que partiste se não foste embora?
Partiste não! O espírito é imortal!!

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Ao meu pai, falecido em 04.07.2007 às 5h. 45m.

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O AMANHECER DA ESPERANÇA

Quando a esperança dorme em plena aurora
fico pensando... o que será da vida:
---corpo dormente ou alma entorpecida.
(indiferença que a penumbra adora)

As flores refulgentes da avenida
em sendas se dissolvem sem demora;
a brisa breve em lágrima evapora
a dádiva em delírio amanhecida.

Sem esperança nada tem sentido.
O amor maior é o céu ao mar unido;
universo de abraços fraternais.

Se a estrada é longa e a dor é consistente
DEUS nos anima em paz onipresente:
sem esperança amanhecer jamais!
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A Munir Zalaf, quando do lançamento do seu livro "LÁ FORA" em 25.10.2007

Um comentário:

  1. Dáguima Verônica de Oliveira/MG27 de fevereiro de 2010 às 02:07

    Poeta, maravilhosa sua homenagem AOS
    AMIGOS, me senti entre eles... Obrigada!!

    AOS QUE PARTIRAM:
    “Elevemos para o céu
    orações para o conforto.
    E quando subir o véu...
    é ver: ninguém está morto!!”
    Simplesmente divino!!
    Agora, TRIBUTO AO POETA...esse
    me roubou o chão dos meus pés...
    Me emocionei com a beleza do seu versejar.
    PRESENÇA, eu nem tenho palavras, sabe
    aquela dor que fica quase terna ao ler seu
    poema e lembrar de uma pessoa querida que se foi...?
    O AMANHECER DA ESPERANÇA, João, sem demagogia nenhuma,
    seus poemas deveriam ser trabalhados nas escolas, pois além da
    riqueza de vocabulário traz a beleza da experiência de vida...ou seja,
    a sabedoria, isso tudo sem falar na harmonia, na beleza de sons, métrica,
    rimas...

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