AOS AMIGOS
Quantos amigos queridos
encontrei neste pedaço.
Os tempos auriluzidos
ressuscitam farto abraço
provando que a vida é bela;
distância, curta demais.
Surge alegria na tela
em lembranças imortais.
Sejam bem-vindos, irmãos;
este espaço é todo nosso.
Unamos as nossas mãos...
eu desejo e sei que posso
disseminar meus carinhos
em palavras de incentivos.
São iguais nossos caminhos
na eternidade de vivos!!
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AOS QUE PARTIRAM
Os nossos entes queridos
que partiram para o além
jamais serão esquecidos;
nãos nos esquecem também.
Leve pranto de saudade
refrigera o nosso enlace.
Uma brisa nos invade
e a esperança então renasce.
Detenhamos conformismo;
o futuro nos espera.
Ausência não é abismo;
presença não é quimera.
Elevemos para o céu
orações para o conforto.
E quando subir o véu...
é ver: ninguém está morto!!
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TRIBUTO AO POETA
Doutor Miguel, tens o potencial
de Lupicínio, na facilidade
em burilar palavras ao fanal
pondo mais luz à tênue claridade.
Nas linhas afinadas de um coral
as letras tecem espontaneidade.
E tudo isso num tear normal.
Pano de fundo: sensibilidade!
Senhor dos sons suaves, sementeiro
dos lírios ao lirismo luzidio;
das pérolas perenes, peneireiro.
O tempo caudaloso do seu rio
jamais se apagará no imenso mar
pois sempre existirá o verbo amar!
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Bauru, 14 de julho de 2009.
Obs. Ao Dr. Miguel Russowsky, um dos maiores sonetistas do Brasil, falecido em 03.10.2009
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P R E S E N Ç A
Após tua partida, meu bom pai,
o ar de nossa casa continua
com o mesmo perfume que não sai...
e que nossa lembrança perpetua.
A poltrona vazia ainda é tua;
reluz a imagem que jamais se esvai.
Esta saudade angelical atua
numa alegria que um bom sonho atrai.
Partiste, sim, mas para sempre não;
nossos laços jamais se romperão;
a tua luz é essência de um fanal.
Se esta distância não existe agora,
por que partiste se não foste embora?
Partiste não! O espírito é imortal!!
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Ao meu pai, falecido em 04.07.2007 às 5h. 45m.
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O AMANHECER DA ESPERANÇA
Quando a esperança dorme em plena aurora
fico pensando... o que será da vida:
---corpo dormente ou alma entorpecida.
(indiferença que a penumbra adora)
As flores refulgentes da avenida
em sendas se dissolvem sem demora;
a brisa breve em lágrima evapora
a dádiva em delírio amanhecida.
Sem esperança nada tem sentido.
O amor maior é o céu ao mar unido;
universo de abraços fraternais.
Se a estrada é longa e a dor é consistente
DEUS nos anima em paz onipresente:
sem esperança amanhecer jamais!
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A Munir Zalaf, quando do lançamento do seu livro "LÁ FORA" em 25.10.2007
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
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Poeta, maravilhosa sua homenagem AOS
ResponderExcluirAMIGOS, me senti entre eles... Obrigada!!
AOS QUE PARTIRAM:
“Elevemos para o céu
orações para o conforto.
E quando subir o véu...
é ver: ninguém está morto!!”
Simplesmente divino!!
Agora, TRIBUTO AO POETA...esse
me roubou o chão dos meus pés...
Me emocionei com a beleza do seu versejar.
PRESENÇA, eu nem tenho palavras, sabe
aquela dor que fica quase terna ao ler seu
poema e lembrar de uma pessoa querida que se foi...?
O AMANHECER DA ESPERANÇA, João, sem demagogia nenhuma,
seus poemas deveriam ser trabalhados nas escolas, pois além da
riqueza de vocabulário traz a beleza da experiência de vida...ou seja,
a sabedoria, isso tudo sem falar na harmonia, na beleza de sons, métrica,
rimas...