O ponto de referência
que nos uniu de verdade
foi a esquina da paciência
com as ruas da saudade!
Volto a crer no amor... senti-lo.
Bastou o exemplo que ouvi
partindo de um simples grilo
o estridular: CRI! CRI! CRI!
Nas noites esperançosas
meu sonho... apenas um vulto...
é um jardineiro entre as rosas
nos seus espinhos oculto!
Como sou tão distraído!
Após você ir embora
notei quem tinha fugido:
eu de mim... somente agora!
Cultivar rosas consiste
em saber do espinho oculto;
a ilusão dorida existe
na vida envolta num vulto.
Pés na calçada da fama;
mãos abanando fortuna...
porém sua alma reclama
na solidão que importuna!
Teatral! Muito fagueira
a trova não é pequena:
representa a peça inteira
em uma única cena!
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D I S T Â N C I A
Eu tenho pena da nossa amizade
que é tão sublime por anos a fio.
Mas a distância qual águas de um rio
tem seu destino em corrente saudade.
Nosso barquinho mantém desafio;
enfrenta as ondas e até tempestade
e na esperança que os olhos invade
o pranto morno acoberta este frio.
Quem sabe um dia a inversão dê sentido;
num porto espreite o lampejo fugido
e o tempo aporte no chão da vontade;
As nossas mãos enrugadas desmontem
a solidão e que eu diga: foi ontem
que eu tinha pena de nossa amizade!
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O soneto abaixo é atípico, pois o seu fecho dá-se no início.
Ao lê-lo, sugiro do fim para o começo, para compreender melhor:
DA MORTE AO FETO
Ao juízo final abrem-se as portas...
tantas venturas fartas para o nada.
Às mentiras e enganos fez morada
tijolo por tijolo em telhas tortas.
À mente poluída, saturada,
varrida pelas ânsias sem comportas
só restou a ambição de sagas mortas...
A história se repete malfadada.
O ensejo vislumbrou... caminho aberto.
As letras confundiram sua mente.
nos adros escolares... “tom moderno”.
Brinquedos, carrosséis, o rumo certo
carinhos e cuidados, sol presente.
No seio celestial do dom materno
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A causa é a essência do efeito. Se desvirtuada, o corolário é o espelho partido
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A maior virtude é ignorarmos que a temos.
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O entusiasmo exacerbado não caracteriza a verdadeira dimensão da origem.
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Somos uma parte do gigante. A sincronização dos seus passos depende de nós, independentemente de qualquer ideologia.
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Quanda a massa para e pensa... as montanhas tremem.
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A prática a confundir-se com a teoria é sinal de alegria.
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As ordens subliminares são algozes dos incautos.
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Quanto mais pessoas conhecemos, mais deparamo-nos com nossos defeitos.
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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
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