tag:blogger.com,1999:blog-72539188503206482372024-02-08T09:29:28.721-08:00PoesiasBem vindo a este espaço onde poderá conhecer meu trabalho literário e fazer seu comentário, sugestões, críticas. Pretendo atualizá-lo sempre que a inspiração pulsar nas veias ou quando algum fato interessante sugerir manifestação.João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.comBlogger35125tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-38290218195651628262011-06-16T22:28:00.000-07:002011-07-15T20:11:33.668-07:00TROVAS / SONETO E SONETOS HOMENAGEMDEIXE-ME VIVER<br /><br />Mamãe, eu quero viver;<br />pedi para retornar<br />e procurar evolver<br />no seio de um simples lar.<br /><br />Não se culpe constrangida<br />por um ato intempestivo;<br />o mais importante é a vida;<br />eu, no seu útero vivo!<br /><br />Sinta com delicadeza<br />no seu ventre o movimento<br />e agradeça à natureza<br />esculpir o seu rebento.<br /><br />É uma dádiva divina<br />ter minha vida em você.<br />Não descarte na latrina<br />um ser que sente... que vê...<br /><br />Imagine o meu futuro<br />a seu lado, vencedor,<br />com seu caminhar seguro<br />cumprindo a sina do amor!<br /><br />Pense em seu corpo cansado<br />precisando de um abraço;<br />eu caminhando a seu lado<br />a proteger o seu passo.<br /><br />Mamãe, alimente a aurora<br />em mim tão frágil, indefeso,<br />para quando for embora<br />não carregar nenhum peso!<br />===================================<br />===================================<br />Um grande amor é igual planta<br />pois cresce sem ser notado.<br />Diamante somente encanta<br />depois de ser lapidado.<br /><br />Busquei na vida sentido<br />para compreender meus ais:<br />um grande orgulho contido<br />e amor pequeno demais!<br /><br />Anos dourados, orquestras,<br />rostos colados, penumbra,<br />voltas em passadas destras...<br />o meu passabo vislumbra!<br /><br />Procurei na vida um jeito<br />de viver que me incentiva:<br />no jardim, amor-perfeito;<br />na esperança a sempre-viva!<br /><br />Após a invenção da roda<br />apressa, numa rodada,<br />parece que virou moda<br />na roda-viva enrolada!<br /><br />A alegria despertava<br />quando a porteira se abria.<br />Hoje aberta... sem a trava...<br />só transita nostalgia!<br /><br />Parece um sonho e me espanta<br />nosso amor tanto expandir.<br />A felicidade é tanta<br />que receio até dormir...<br /><br />Um pequeno gesto basta;<br />pode mudar uma vida:<br />__o instante que a mão se afasta<br />de outra mão na despedida.<br />=======================================<br /> CONSCIÊNCIA<br /><br />Insisto ultrapassar aquela fresta<br />notória nas verdades difundidas;<br />procuro a alternativa que me resta<br />nas frases benfazejas de outras vidas.<br /><br />Então eu sigo ao rumo que se atesta<br />sedimentado às fontes bem hauridas<br />na explícita vereda mais modesta<br />que eleva à paz no amor das mãos unidas.<br /><br />Auto-perdão é o que preciso agora;<br />ver o passado a limpo ir embora;<br />a consciência em pluma levitar.<br /><br />As hastes nos espinhos tão robustas<br />aclaram as fraquezas mais vetustas<br />das falsas flores perseguindo o ar!<br />==========================================<br /><br /> OITO DE MARÇO<br /><br />Você, mulher, esposa, mãe, amiga,<br />---fagulha que irradia a luz nascente---<br />lapida as vestes que o amor abriga<br />doando ao mundo herança... eternamente.<br /><br />Esteio que egoísmo não dá liga;<br />amor que se concentra da semente<br />humilde, forte... espelho de uma viga.<br />A santa que o milagre não desmente.<br /><br />Imensa gratidão meu estro deve<br />ao seu poema em versos naturais.<br />Bendita seja a estrela que requer<br /><br />a dádiva da luz de um toque leve<br />e no esplendor do céu que seja mais<br />um estelar semblante de MULHER!!<br /><br /><br />Bauru, 08 de março de 2011<br />=========================================<br /> <br /> TRANSLAÇÃO DA AUSÊNCIA<br /><br />Com uma volta ao sol sem sua companhia<br />a saudade a doer procura no universo<br />uma estrela crescente em rima de mais verso<br />e eis que encontra um sorriso em forma de poesia!<br /><br />Meditando perlustro um soneto e converso<br />com estrofes ativas sem tisne, elegia.<br />(e eis que encontro um sorriso em forma de poesia)<br />E a sua alma brilhante e emersa... e eu... imerso!<br /><br />Sua ausência me acode num pranto doído<br />e afugenta o vazio ao cosmo infecundo;<br />me acalanta presente sem nunca ter ido.<br /><br />Com a sua energia a sublimar meu mundo<br />eu rogo ao Criador descerrar esse véu...<br />e eu poder abraçar nosso doutor MIGUEl!!<br /><br /><br /> João Batista Xavier Oliveira<br />Homenagem a Miguel Russowsky, aniversário de passamento ocorrido em 3.10.2009<br />=====================================================João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-45509650382687794022011-04-15T19:56:00.000-07:002011-04-15T19:58:20.277-07:00UM DIA AZULUm dia azul! Neste dia, participo do infinito <br />O meu ser como se amplia<br />num dia azul tão bonito<br />Eu como que me dispers o<br />num dia azul assim <br />dentro do ser do universo<br />perco o ser que está em mim!<br />Fica no azul misturado<br />e perdida a identidade<br />talvez quando separados<br />sejam a mesma entidade...<br />----------------------------<br />Poesia de Célia MartinsJoão Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-69864238557273644022011-04-07T20:10:00.001-07:002011-04-07T20:21:58.499-07:00O BEM MAIOR E TROVASO BEM MAIOR<br /><br />Entre nós uma lança em duas pontas<br />voltadas bem direto a nosso peito,<br />porém compreensão com o respeito<br />são atributos de insondáveis montas.<br /><br />Na conta permanente do direito<br />espaços dão às asas, sempre prontas,<br />os ares das visões do preconceito<br />e afastam as algemas tão medrontas.<br /><br />É assim que um grande amor entre pessoas<br />atrai as vibrações das almas boas<br />com a esperança de um mundo melhor.<br /><br />Respeito o teu espaço em todo meio<br />assim como respeitas meu passeio.<br />Nosso trabalho ao bem é bem maior!!<br />-----------------------------------------<br /><br />Dinheiro não cai do céu<br />e de pedra não sai leite;<br />quem espera sempre ao léu<br />não passa de um vil enfeite.<br /><br /><br />Procurei felicidade<br />todos momentos da vida.<br />Encontrei-a na humildade:<br />estava em mim... escondida!<br /><br /><br />Quando o céu desaparece<br />o espírito em desarranjos<br />para encontrar-se na prece<br />precisa de muitos anjos!<br /><br />A neve em nossos cabelos<br />não arrefece a união;<br />o tempo com seus desvelos<br />aquece nossa paixão.<br /><br /><br />No jardim da minha infância<br />quantas flores eu colhi!<br />Ainda sorvo a fragrância<br />toda vez que volto aqui!<br /><br /><br />Não quero rimar espera<br />na tua ausência dorida;<br />ao chegar a primavera<br />a esperança é colorida!<br /><br /><br />Eu me sinto um fugitivo<br />sem teu olhar prisioneiro<br />pois na prisão em eu eu vivo<br />o amor é o meu carcereiro!<br /><br /><br />Não é ilusão dos meus olhos<br />nem delírio de carência;<br />são os sinais dos escolhos<br />desenhando a tua ausência!<br />-----------------------------------João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-13358751170242422092011-02-10T19:10:00.000-08:002011-02-10T19:25:55.716-08:00TROVAS E SONETOSQuisera uma flor apenas<br />no meu portal de esperanças;<br />suas pétalas pequenas<br />são sorrisos de crianças!<br /> <br />Quando se enxerga o inimigo<br />o embate é menos atroz,<br />pois ele é maior perigo<br />estando dentro de nós!<br /> <br />Minha luz interior<br />tomou forma e consistência<br />quando descobri o amor<br />na mais singela existência!<br /> <br />Querer ser poeta, não!<br />quem é não é por querer.<br />escrever do coração<br />não precisa saber ler!<br /> <br />A goteira enciumada<br />feriu a rosa em botão<br />porque à chuva misturada<br />nunca chamou atenção.<br /><br />Quisera, nos meus delírios<br />que alcançam versos celestes,<br />a liberdade dos lírios<br />nos vastos vergéis agrestes.<br /><br />Que valor tem conquistar<br />poder e glória sem fim...<br />se no aconchego do lar<br />solidão ganha de mim?!<br /> <br />O chilrear matutino<br />numa cadência sem fim<br />é o legado do menino<br />cantando dentro de mim!<br /> ===========================<br /> O PEDESTAL DO HORIZONTE<br /><br /><br />Quando me vejo aqui, no pedestal<br /> onde a lida acalenta e se faz luz,<br />a vitória cintila no portal<br />e desintegra a treva que seduz.<br /><br />Conseguir algo mais, travar o mal,<br />vislumbrar no crepúsculo, conduz<br />sentimento de força sem igual<br />na vereda luzida por Jesus.<br /><br />Volver à luz que brilha no horizonte<br />mostrando o caminhar em forte ponte<br />é a mesma luz que brilha a todos nós...<br /><br />bastando simplesmente a coerência<br />na busca da lavoura em consistência.<br />Seremos então livres, jamais sós!!<br />============================<br /><br /> UM LUGAR PARA A ROSA<br /><br /><br />Oh! tempo enganador, longevidade<br />parece tão curtinha no compasso<br />da vida cirandeira sem espaço<br />de ver o verde avesso à vacuidade.<br /><br />O infindo no finito de um regaço<br />é a fonte que jamais se perde à idade.<br />E quem não vive o colo na saudade<br />não sente alvorecer num meigo abraço.<br /> <br />No passo escasso o espaço que se faz<br />amplia a solidão mesmo envolvida<br />na luz de uma cadência insidiosa.<br /><br />A roda-viva ronda a nossa paz;<br />a frialdade aflige-nos ferida...<br />Redescubramos com urgência a rosa!!<br />=== =============================João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-80363406575734794882011-01-05T18:24:00.000-08:002011-01-05T19:05:02.985-08:00TROVAS/SONETOS/PENSAMENTOSO ponto de referência<br />que nos uniu de verdade<br />foi a esquina da paciência<br />com as ruas da saudade!<br /> <br />Volto a crer no amor... senti-lo.<br />Bastou o exemplo que ouvi<br />partindo de um simples grilo<br />o estridular: CRI! CRI! CRI!<br /> <br />Nas noites esperançosas<br />meu sonho... apenas um vulto...<br />é um jardineiro entre as rosas<br />nos seus espinhos oculto!<br /> <br />Como sou tão distraído!<br />Após você ir embora<br />notei quem tinha fugido:<br />eu de mim... somente agora!<br /> <br />Cultivar rosas consiste<br />em saber do espinho oculto;<br />a ilusão dorida existe<br />na vida envolta num vulto.<br /> <br />Pés na calçada da fama;<br />mãos abanando fortuna...<br />porém sua alma reclama<br />na solidão que importuna!<br /> <br />Teatral! Muito fagueira<br />a trova não é pequena:<br />representa a peça inteira<br />em uma única cena!<br />=============================<br /> D I S T Â N C I A<br /><br />Eu tenho pena da nossa amizade<br />que é tão sublime por anos a fio.<br />Mas a distância qual águas de um rio<br />tem seu destino em corrente saudade.<br /><br />Nosso barquinho mantém desafio;<br />enfrenta as ondas e até tempestade<br />e na esperança que os olhos invade<br />o pranto morno acoberta este frio.<br /> <br />Quem sabe um dia a inversão dê sentido;<br />num porto espreite o lampejo fugido<br />e o tempo aporte no chão da vontade;<br /> <br />As nossas mãos enrugadas desmontem<br />a solidão e que eu diga: foi ontem<br />que eu tinha pena de nossa amizade!<br /><br />==================================<br />O soneto abaixo é atípico, pois o seu fecho dá-se no início.<br />Ao lê-lo, sugiro do fim para o começo, para compreender melhor:<br /><br /> DA MORTE AO FETO<br /><br /><br />Ao juízo final abrem-se as portas...<br />tantas venturas fartas para o nada.<br />Às mentiras e enganos fez morada<br />tijolo por tijolo em telhas tortas.<br /><br />À mente poluída, saturada,<br />varrida pelas ânsias sem comportas<br />só restou a ambição de sagas mortas...<br />A história se repete malfadada.<br /> <br />O ensejo vislumbrou... caminho aberto.<br />As letras confundiram sua mente.<br />nos adros escolares... “tom moderno”.<br /><br />Brinquedos, carrosséis, o rumo certo<br />carinhos e cuidados, sol presente.<br />No seio celestial do dom materno<br /><br />=====================================<br />A causa é a essência do efeito. Se desvirtuada, o corolário é o espelho partido<br />-----------------------------------------------------<br />A maior virtude é ignorarmos que a temos.<br />-----------------------------------------------------<br />O entusiasmo exacerbado não caracteriza a verdadeira dimensão da origem.<br />-----------------------------------------------------<br />Somos uma parte do gigante. A sincronização dos seus passos depende de nós, independentemente de qualquer ideologia.<br />-----------------------------------------------------<br />Quanda a massa para e pensa... as montanhas tremem.<br />------------------------------------------------------<br />A prática a confundir-se com a teoria é sinal de alegria.<br />------------------------------------------------------<br />As ordens subliminares são algozes dos incautos.<br />------------------------------------------------------<br />Quanto mais pessoas conhecemos, mais deparamo-nos com nossos defeitos.<br />------------------------------------------------------João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-9322331220037562772010-12-09T18:39:00.000-08:002010-12-10T17:33:14.056-08:00DE VERSOSNão queiras me envenenar;<br />minha dor está dormente;<br />ternuras no teu olhar<br />são dois ninhos de serpente!!<br /><br />Quem leva a vida pequena<br />seu espírito não medra;<br />a virtude pesa pena<br />eo defeito pesa pedra!<br /><br />A flor beija a natureza<br />com sua espontaneidade...<br />Mulher exala beleza<br />na sua simplicidade!<br /><br />Não faça do amigo a ponte<br />para o sucesso alcançar;<br />muitas vezes no horizonte<br />é onde começa o mar!<br /><br />Junto à árvore da trova<br />conheci minha poesia,<br />pois quem do seu fruto prova<br />faz do verso moradia.<br /><br />Tens apenas um defeito:<br />ferir-me na insensatez;<br />eeu apenas o direito<br />de morrer uma só vez!<br /><br />A janela da poesia<br />aberta às rimasdo amor<br />deixa passar, noite e dia,<br />toda a ternura da flor.<br /><br />Pranto, rio que desliza<br />em pedras, curvas, escolhos,<br />às carícias de uma brisa<br />que externa o brilho dos olhos.<br /><br />Oxalá flores nascentes<br />em vergéis adormecidos<br />despertem as novas mentes<br />aos caminhos coloridos!<br /><br />Se palavras são em vão<br />ao amigo, no fracasso,<br />externo a minha emoção<br />no silêncio de um abraço!!<br /><br />Saudade, flor que a distância<br />seu perfume não desfaz.<br />Jardim onde nossa infância<br />dança ciranda de paz.<br /><br />Solidão é uma procura<br />além dos nossos sentidos.<br />Sem tempo, longe, a ternura<br />se perde nos alaridos.<br /><br />Um leve toque em um ombro<br />com doações de energias<br />remove dores no escombro<br />das horas tristes... vazias...<br /><br />Amor, dádiva Divina,<br />semente humilde e perfeita;<br />a luz que nos ilumina<br />pela caminhada estreita.<br />=============================<br />T R O P E Ç O<br /><br />Vejo-me agora no final da estrada<br />e as consequências de uma vida aflita<br />a procurar afoito a mais bonita<br />virtude altiva, joia lapidada.<br /><br />As mãos vazias cheias de desdita<br />não afagaram outras sem ter nada.<br />E a consciência viva, tão pesada,<br />arrasta o fardo que a ambição incita.<br /><br />Peço perdão para mim mesmo, eu sei<br />que para evoluir existe lei<br />da semeadura e sua consequência.<br /><br />Queira ou não queira o fim faz o começo<br />para engendrar a escala sem tropeço;<br />ser mais humilde na nova existência!<br /><br />====================================<br />SUTIL OLHAR<br /><br />A nova era agora tão veloz<br />atinge os ares lassos de metais;<br />a quântica figura não é mais<br />o mito que atordoa a todos nós.<br /><br />Os olhos deslumbrados por fanais<br />que buscam horizontes, antes sós,<br />percebem muito além de nossa voz<br />as vibrações sutis de mil sinais.<br /><br />Desperta criatura limitada!<br />Aguça a tua aura dos sentidos;<br />o mundo ao teu redor é quase nada!<br /><br />A nova era agora tem ouvidos;<br />o espírito retarda evolução<br />se olhar de uma segunda dimensão!!<br />=====================================<br /><br /><br />SINAIS INVERTIDOS<br /><br />Olhando a terra acima dos sentidos<br />um ar tristonho abate-me na entranha:<br />sermões abaixo aos ares da montanha<br />e súplicas em motes de alaridos.<br /><br />Como esperar que rogação tamanha<br />venha a elevar as almas dos “ungidos”<br />pelos sinais, nas mentes, invertidos,<br />se trechos do alfarrábio mal arranha?<br /><br />Verter em lágrimas na espera, inerte,<br />(açoite de cilício não reverte)<br />na frialdade do silêncio atroz...<br /><br />é malograr-se às vestes endeusadas;<br />é recorrer às luzes apagadas<br />se Deus reside aqui... dentro de nós!!<br /><br />================================================João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-22586681494642344992010-11-11T18:01:00.000-08:002010-11-11T18:30:33.016-08:00TROVAS/SILÊNCIO/TRÊS POR CINCO/VIAGEM/PENSAMENTOSDas mãos limpas que me valho<br />são exemplos dos meus pais:<br />honestidade e trabalho;<br />ganância... inveja... jamais!<br /><br />Quantas pedras removidas<br />e quantas por remover.<br />Provações em nossas vidas<br />que só nos fazem crescer!<br /><br />Não existe lei que impeça<br />um pensamento funesto<br />de quem semeia promessa<br />quando não quer ser honesto.<br /> <br />Distância não é medida<br />se a paixão é verdadeira;<br />o calor de despedida<br />não diminui a fogueira.<br /><br />Pergunto ao tempo até quando<br />a falsa paixão se esconde.<br />E ele passando... passando...<br />sutilmente já responde!<br /><br />A terra liberta cios<br />e os braços do homem aceita<br />quando a chuva por seus fios<br />tece o manto da colheita!<br /><br />No fim do túnel a luz<br />sinaliza uma esperança.<br />Quem a seu brilho conduz<br />a vitória sempre alcança!<br /><br />Pelas flores que plantei<br />entre espinhos... muito fiz<br />que um grande jardim ganhei:<br />Minha sina é ser feliz!<br />----------------------------------------------<br /> S I L Ê N C I O<br /><br /> Quando eu pensei que tudo estava certo...<br />eis que você, na calma de serpente,<br />virou meu mundo assim tão de repente<br />numa miragem plena de um deserto.<br /><br />Meu pensamento sóbrio, tão presente,<br />não alertou-me como estava perto<br />um coração fechado... e bem aberto<br />à pequenez de um sopro tão latente!<br /><br /> Me refazendo aos poucos, fui olhando<br />nas passarelas de um mundo nefando<br />desfiles frágeis, quem olha e não vê.<br /><br />Hoje agradeço sua insensatez<br />silenciando o vazio de vez<br />feliz por mim e triste por você!<br />------------------------------------------------<br /> TRÊS POR CINCO<br /><br />Terceira dimensão... cinco sentidos...<br />Limites envolvendo nosso espaço,<br />porém a liberdade gera abraço<br />aos gestos nobres no mundo esparzidos.<br /> <br />Quem somos nós, formados por um laço<br />que a plenitude acima faz ouvidos,<br />no círculo dos joios conhecidos<br />porém a um passo da glória ou fracasso?<br /><br /> O livre-arbítrio que nos prende ou solta<br />nos prende à gravidade a nossa volta;<br />nos solta ao volitivo do inventário.<br /><br /> Cercados pelos claros dos escuros<br />saibamos que o futuro desses muros<br />será um mero passado necessário!<br />---------------------------------------------------<br /> V E L E J A N D O<br /><br /> Varanda, vales, verdes, primavera;<br />o ar envolto em meigas cantilenas...<br />Imagens tão serenas que eu quisera<br />perenes, tácitas em mim apenas.<br /><br /> Sonhar é o som sagrado da quimera<br />num canto enquanto as dores são amenas.<br />Descanso à rede a lágrima sincera<br />que luz na luz dos olhos dos mecenas.<br /><br /> A bordo de uma rede a velejar<br />eu sorvo a paz que a brisa faz ao mar<br />no vento que acarinha as mãos poetas.<br /><br />Bendigo a natureza onde os estetas<br />descrevem a meiguice de um tormento<br />na voz que se enternece à voz do vento!!<br />------------------------------------------------------<br />------------------------------------------------------<br /><br />O homem sem caráter é uma águia sem olhos.<br />------------------------------------------------------<br />A arte é uma das asas da Providência Divina.<br />------------------------------------------------------<br />Não lamentes o revés sem antes saber quem és.<br />------------------------------------------------------<br />Lágrima é o respingo da emoção ao mergulhar no coração.<br />------------------------------------------------------<br />Um bom sistema de governo não basta. Deve-se aliar a um bom sistema de cultura de civismo, que desperte pelo menos um estadista por estado.<br />--------------------------------------------------------<br />Nunca deixemos de exercitar o lirismo, pois sempre rimou com paraíso e jamais com abismo.<br />--------------------------------------------------------João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-1528922894817415102010-10-14T19:24:00.000-07:002010-10-14T20:18:54.861-07:00DE VERSOS E PENSAMENTOSCultiva a paz aí dentro<br />do teu coração agora.<br />Sentirás o amor no centro<br />e a alma brilhar por fora!<br /><br /> TROVA<br />Vinte e oito pinceladas<br />e um quadro estampa tua arte<br />de resumir, ampliadas,<br />as emoções ao pintar-te!<br /><br /><br />Alvo de risos e palmas<br />embutido em seu disfarce,<br />o palhaço lava as almas<br />querendo da dor vingar-se!<br /><br /> ELEIÇÃO<br />O presente desatina<br />quem cai no conto falaz:<br />__trocar voto por botina<br />leva sempre um pé por trás!<br /><br /><br />Se combate entre gigantes<br />é buscar sempre o poder,<br />os humildes, mais distantes,<br />lutam só para viver!<br /><br /><br />Uma mulher de verdade<br />simplesmente é poderosa:<br />vence os espinhos da idade;<br />ganha os encantos da rosa!<br /><br /><br />Se cuidarmos bem da fonte<br />a natureza eterniza<br />os vislumbres do horizonte<br />com as promessas da brisa!<br /><br /><br />Bem no meio da floresta<br />a terra respira fundo...<br />Aproveita o que lhe resta<br />arejando mais o mundo!<br />--------------------------------------<br /> ...E A VIDA CONTINUA<br /><br /><br />Aos poucos meus amigos vão embora...<br />Saudade hospitaleira abre janelas<br />e os ares das paisagens amarelas<br />aumentam o vazio que devora.<br /><br /><br />As mãos saudosas ficam sem aquelas<br />que tanto me afagaram mundo afora<br />nas horas tristes bem fora de hora<br />e nos momentos das tertúlias belas.<br /><br /><br />E assim eu sinto que também vou indo<br />na esteira da fatal apoteose.<br />É triste mas caminharei sorrindo<br /><br /><br />Sabendo que ao beber da mesma dose<br />os planos das paisagens verdejantes<br />ressurgirão sorrindo como antes!<br />------------------------------------------<br /> S E M P R E<br /><br /><br />Quando partiste para a eternidade<br />eu não sabia que doía tanto<br />tua presença na minha saudade;<br />o teu semblante calmo em cada canto...<br /><br /><br />O amor que existe neste lar portanto<br />Ficou maior dentro de mim, verdade.<br />Meu coração cresceu e por encanto<br />enfrento só... a triste realidade!<br /><br /><br />As minhas mãos vazias sem o tato<br />dos teus carinhos, roçam o retrato,<br />por ironia sempre sorridente...<br /><br /><br />E em cada canto o riso da esperança<br />leva-me a ti o que o olhar alcança:<br />os teus objetos: nosso eternamente!!<br /> ..................<br /><br />OBS. Soneto a um amigo cuja esposa faleceu<br />----------------------------------------------------------<br /><br /> SUBLIMAÇÃO<br /> <br />Às vezes a esperança digladia,<br />em tons de dissonância retumbante,<br />com luzes que cintilam mesmo em dia<br />na mente cuja alma é destoante.<br /><br /><br />E a culpa inconseqüente no levante<br />pungente, distorcida, acaricia<br />o espelho e o tempo pára e não distante<br />a voz da consciência denuncia.<br /><br /><br />Acorda o pensamento sublimado<br />nas mãos desvencilhadas do passado;<br />existe ainda água, imensa fonte.<br /><br /><br />O mar que faz o sal, faz o salmão;<br />fanal aponta a pedra no clarão;<br />o mundo não acaba no horizonte!<br />----------------------------------------------<br /> RECONCILIAÇÃO<br /><br />Dou-me à conta da realidade;<br />escravo dos passos apressados<br />à caixa circunspecta do correio.<br />Num pequeno espaço a grande esperança.<br />As mãos lépidas rasgam papéis<br />que algum dia poderão alegrar-me.<br />Silêncio.<br />Retorno.<br />Lampejos do dia seguinte.<br />A revisão dos detalhes quer voar.<br />Detenho as asas das veleidades<br />e esforço-me a contemplações.<br />Reverencio a paciência e o perdão;<br />Lavo-me a alma na ausência do orgulho<br />e apego-me ao telefone.<br />Retorno.<br />Silêncio.<br />Lábios nos lábios.<br />Caixa do correio vazia.<br />-----------------------------------------------<br />-----------------------------------------------<br /><br />Os iluminados existem para as trevas; as trevas para os descaminhos; os descaminhos para as preocupações; as preocupações para os iluminados.<br />--------------------------------------------------<br />A compulsão de enganar o outro é tão deletéria quanto à do alcolista que engana a si próprio.<br />---------------------------------------------------<br />Os hegemônicos procuram manter a hegemonia. Os submissos devem procurar sabedoria. A consequência o futuro mostrará.<br />-----------------------------------------------------<br />Enquanto os maus políticos bradam a pobreza passa.<br />-----------------------------------------------------<br />A extensão dos braços é limitada, senão a terra seria estrangulada.<br />------------------------------------------------------<br />Fugitivo é aquele cujo corpo corre mais do que a alma<br />-------------------------------------------------------<br />A metáfora é a sombra perfeita da realidade, onde o poeta descansa seus versos.<br />--------------------------------------------------------<br />Se radicalismo fosse bom o homem não teria inventado a roda.<br />---------------------------------------------------------<br />Sábio é aquele que pensa amanhã ontem, na certeza do hoje.<br />----------------------------------------------------------<br />É preferível o silêncio a palmas apenas por palmas.<br />------------------------------------------------------------<br />Se todas as verdades dos bastidores fossem ao palco, o delírio da platéia seria o eclético aplauso à instituição dos valores autênticos.<br />---------------------------------------------------------------João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-3294358406765654922010-09-30T18:38:00.000-07:002010-09-30T19:28:57.336-07:00TROVAS / EVOLUÇÃO / CAMINHO / PENSAMENTOSNovas auroras... quimeras...<br />esperanças e portais.<br />Parecem que em primaveras<br />as flores encantam mais!!<br /><br /><br />Primavera! Primavera!<br />Quantas vivi... viverei?<br />Enlace da nova era<br />nas serpentinas da grei!<br /><br />Primavera é a estação<br />por onde embarcam poetas<br />no trilho de um coração<br />cheio de curvas e retas!<br /><br />Nosso amor é tão intenso...<br />e tenho a leve impressão<br />não ter idade... pois penso<br />sermos de outra dimensão!<br /><br /><br />Na praça, o coreto dorme...<br />despertando a minha infância.<br />E aquela saudade enorme<br />encurta mais a distância!<br /><br /><br />Na distancia dos abrolhos<br />que abrigam os excluídos,<br />quanta súplica nos olhos<br />ao silêncio dos ouvidos...!<br /><br /><br />Sinto a brisa descansar<br />sua ternura em minha alma...<br />quando a luz do teu olhar<br />aminha tormenta acalma!<br /><br /><br />Tenha paciência meu filho<br />__aconselhavam meus pais__<br />aquele que alcança brilho<br />não carece andar demais!<br /><br /><br />Aquele que não respeita<br />o tempo, na semeadura,<br />certamente na colheita<br />não terá fruta madura.<br /><br /><br />Comprimido pelo tédio<br />teu elixir foi meu mal.<br />És para mim, do remédio,<br />o efeito colateral!<br />==========================<br /> EVOLUÇÃO<br /><br />Existe algo além de mim, eu sei.<br />Um inefável sentimento oculto<br />num labirinto de uma simples lei<br />que no atavismo tempestivo ausculto<br /><br />clamor presente de uma imensa grei;<br />espelho d’água que me faz um vulto<br />dançar nas ondas ou plebeu... ou rei...<br />na busca austera de um perfeito adulto.<br /><br />Pequeno imenso em energias tantas<br />eu sinto que as paredes “sacrossantas”<br />dão-me à visão as portas mais fraternas.<br /><br />Mil universos... mundos... e vivências<br />aglutinando os lumes das ciências<br />--partículas a prosperar, eternas!<br />=================================<br /> C A M I N H O<br /><br /><br />Oh! Deus! Como alcançarmos paraíso<br />vivendo neste mundo em provação<br />onde as pedras agridem a emoção<br />de sermos felizes...O que é preciso?<br /><br /><br />---Orai e vigiai o coração<br />no amparo da receita do juízo<br />que vem à consciência pelo aviso<br />bondoso e vertical do vosso “IRMÃO”<br /><br /><br />...velando sempre os passos vacilantes<br />nas mãos ambiciosas dos gigantes<br />invertendo bons valores sem esmos...<br /><br /><br />...e amai-vos uns aos outros, instruí-vos<br />na evolução, clamor dos redivivos.<br />Respeito ao próximo como a vós mesmos!<br />=================================<br />=================================<br /><br />A claque é artifício e emoção não é difícil.<br />-------------------------------<br />A proliferação de religiões é um processo natural quando as referências confundem o bem e o mal.<br />----------------------------------<br />Nem tudo que frustração é insucesso, haja vista a gama de caminhos que se abrem quando a vontade é consistência da virtude.<br />-------------------------------------<br />Em qualquer regime de governo existe hipocrisia; até os hipócritas admitem.<br />-------------------------------------<br />O açodamento é inimigo do pensamento.<br />--------------------------------------<br />Súditos em cultura afinada, impõem respeito à corte que se contém ajuizada.<br />---------------------------------------<br />Credibilidade e tela de um gênio são intocáveis. Uma vez maculadas, o valor perde-se nas especulações.<br />------------------------------------------<br />A matéria foi feita com carinho e carinho não é matéria, é espírito.<br />------------------------------------------<br />Na terra de cegos, quem tem olhos muitas vezes é discriminado.<br />--------------------------------------------<br />Se no transcorrer da vida fizeres pelo menos um ponto, que o faça bem feito.<br />---------------------------------------------<br />A existência de céticos deve-se à ausência de intrépidos.<br />------------------------------------------------<br />As palavras são aladas e podem pousar em terreno baldio, onde não medra a discrição.<br />-------------------------------------------------João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-17918931398593681282010-09-16T20:44:00.000-07:002010-09-16T21:11:27.214-07:00TROVAS / FULGOR / REGENERAÇÃOO caráter se desfaz,<br />irmão não é mais irmão<br />se a mentira for capaz<br />de confundir a razão!<br /><br /><br />A fugir da hipocrisia<br />na discrição eu me calo,<br />pois quem fala em demasia<br />cumprimenta até cavalo!<br /><br /><br />Se eu ficasse aquele dia<br />sem aceno na estação...<br />hoje a cena não teria<br />cicatriz no coração!<br /><br /><br />Ao saber do furacão<br />o luso apela ao socorro<br />escondendo no porão<br />seu estimado cachorro!<br /><br /><br />Quando a dor fica teimosa<br />e a esperança nem murmura,<br />o espinho a zombar da rosa<br />exala a sua amargura!<br /><br /><br />Os olhos são seus ouvidos;<br />sua voz, mãos triunfais.<br />seus anseios têm sentidos<br />na linguagem dos sinais!<br /><br /><br />Se palavras são em vão<br />ao amigo, no fracasso,<br />externo a minha emoção<br />no silêncio de um abraço!<br />==========================<br />FULGOR<br /><br />Faço a filosofia ao bem querer<br />e à sensibilidade o despertar.<br />O coração carente a palpitar<br />reverencia um novo amanhecer.<br /><br /><br />As flores batem palmas no pomar;<br />a brisa mal consegue se conter<br />e aos campos apressada faz saber<br />que a inspiração voltou para ficar.<br /><br /><br />Os sequiosos versos rompem frestas<br />e às lágrimas espargem liberdades;<br />e aos lábios interrompem elegias.<br /><br /><br />À vida são as luzes mais modestas<br />luzindo singelezas das verdades<br />que ensinam embalar filosofias.<br /><br />==============================<br /><br />R E G E N E R A Ç Ã O<br /><br /><br />Quisera regressar um dia aqui<br />neste caminho de dicotomia<br />e vislumbrar um sol de novo dia<br />acarinhando as flores que eu não vi<br /><br /><br />nas mãos que prometiam alegria<br />às plebes em amargo frenesi;<br />sorver perfumes que jamais hauri,<br />a obliterar a dor da nostalgia.<br /><br /><br />Que mundo é esse que desejo tanto,<br />no meu presente mergulhado em pranto,<br />com livre-arbítrio em acessar degraus?<br /><br /><br />É um mundo cheio de promessas vivas<br />pelas passagens regenerativas<br />elidindo de vez os berços maus!<br /><br />=================================João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-10751048341415085832010-09-02T19:58:00.000-07:002010-09-02T21:08:18.621-07:00POESIAS DIVERSAS E PENSAMENTOSA verdejante campina<br />é uma verdadeira escola:<br />Na simplicidade ensina<br />sonhar ao som da viola!<br /><br />O sorriso de criança<br />é o despertar que uma rosa<br />faz, na aurora da esperança,<br />uma fonte luminosa!<br /> <br />Deus fez, num ato supremo,<br />a pintura mais completa:<br />Arco-íris num extremo<br />e no outro a luz do poeta!<br /><br />Com a esperança distante<br />e a força por extinguir...<br />pequena luz é o bastante<br />para o nosso olhar seguir!<br /> <br />Construí meu universo<br />nos pilares da poesia.<br />Cada estrela, a luz de um verso;<br />cada verso, um novo dia!<br /> <br />No duelo de titãs<br />a vitória é do clarão<br />quando o sol, todas manhãs,<br />rompe o véu da escuridão!<br /> <br />Minha alma no azul se expande...<br />parece um sonho sem fim.<br />Sendo o nosso amor tão grande<br />sinto o céu dentro de mim!<br /><br />Assim como não se para<br />o tempo, naturalmente,<br />o grande amor não separa<br />duas almas no poente!<br /><br />O maior prêmio da vida<br />é escalar até o final<br />sendo as pedras da subida<br />estandartes do ideal!<br /><br />Mentira, uma falsa imagem<br />que revela cicatrizes<br />nas pessoas que assim agem<br />por serem muito infelizes.<br /><br />Deus concedeu ao artista<br />um talento transcendente<br />por enxergar além vista<br />o que seu coração sente!<br />===========================<br /> L I B E R D A D E<br /> <br />À pequenina flor pedem passagem<br />as liras das libertas redondilhas<br />que fazem amplidões das suas ilhas<br />e os versos se esvoaçam na miragem.<br /><br />E quantos que desejam maravilhas<br />largando as mãos que prendem a coragem<br />nas ilusões que agitam mas não agem,<br />levando os sonhos às tribos das trilhas...<br /> <br />Desejam ares nos mares sem costas,<br />os abandonos das peias supostas,<br />para os grilhões dos fugazes delírios.<br /><br />Neste meu mundo deveras pequeno<br />ao horizonte dos olhos aceno<br />vôo nas asas das vestes dos lírios!<br />==============================<br /><br /> INTROSPECÇÃO<br /><br />Parei a roda do cotidiano<br />num dia triste sem expectativas.<br />Lembranças doces foram as convivas<br />que me levaram entender o arcano<br /><br />num labirinto de promessas vivas<br />entrelaçadas num grilhão insano.<br />E calmamente a mente em desengano<br />esperta as esperanças inativas.<br /><br />Como abraçar o mundo à veleidade,<br />Onisciente, dono da verdade,<br />na esteira de um singelo escaravelho?<br /><br />Não passo de um mortal, de um peregrino,<br />ainda no casulo de um menino...<br />Muito obrigado caro amigo espelho!<br />=================================<br /> PONTO DE CHEGADA<br /><br />Nova cortina, novos ares...<br />e o que me resta nesta oferenda?<br />Na bagagem o orgulho triturado<br />e uma nuvem perene mergulhada<br />nas cinzas de um céu que não alcei.<br />Quantos caminhos preteridos,<br />olhares perdidos,<br />esperas das eras que não foram.<br />Lutei contra mim, contra os espelhos,<br />perdi-me na pesada consciência...<br />Nova cortina... e agora?<br />Em todo este trajeto a solidão<br />arcou minha alma suplicante.<br />A solidão da alma é mais pungente<br />neste vazio de céu indiferente<br />às minhas buscas estilhaçadas<br />pelo egoismo, pela fama e...eis o nada!<br />=============================<br /><br />Quando os poderosos se digladiam, não existe vencedor e sim, interesses.<br />----------------------------------------------------<br />Não tenho medo do diabo; temo as pessoas que o tem.<br />-----------------------------------------------------<br />A fé é uma luz invisível que brilha nas entranhas do possível.<br />------------------------------------------------------<br />O detalhe aparece quando o espírito cresce.<br />------------------------------------------------------<br />Humildade, tão fácil de vivê-la e tão difícil de aceitá-la.<br />------------------------------------------------------<br />Onde o poder manifesta há sempre motivo para festa.<br />------------------------------------------------------<br />A corrupção se mede pelo grau de intransigência da impunidade.<br />-------------------------------------------------------<br />A qualidade de cultura é dimensionada pela qualidade de informação que se preconiza.<br />-------------------------------------------------------<br />Se procurar defeitos numa pessoa você acha; se procurar virtudes você acha. O que você prefere?<br />--------------------------------------------------------<br />Imaginou uma rosa sem pétalas? É o mesmo que um povo sem cultura.<br />---------------------------------------------------------<br />Quando a tarefa de um é dividida inescrupulosamente a dois, o resultado é menos um.<br />----------------------------------------------------------<br />A cultura de um povo é intocável como a alma; respeitável como o símbolo; amável como a arte.<br />-----------------------------------------------------------<br />É preferível, em algumas circunstâncias, que se volte ao ponto de partida para integrar-se ao meio da chegada.<br />-----------------------------------------------------------<br />Saiba valorizar e utilizar o bumerangue da ação; seu retorno contém o que foi lançado.<br />------------------------------------------------------------<br />Devemos ter na religião respeito, jamais temor.<br />------------------------------------------------------------<br />Deixar-se corromper com muita ou pouca intensidade, equivale a suicidar-se com um ou dez compridos letais.<br />------------------------------------------------------------<br />O verdadeiro sucesso é a balança nivelada com perseverança e honestidade.<br />------------------------------------------------------------<br />Não subestimes o valor que emana de outrem, pois o teu vem nada mais além de ti.<br />-------------------------------------------------------------<br />Caráter é nuvem diferente, pois nas diversas configurações sempre retrata a gente.<br />--------------------------------------------------------------<br />Seja, não sinta necessário, para sentir, não ser gratificado.<br />--------------------------------------------------------------João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-7052089987954388482010-08-20T07:06:00.000-07:002010-08-22T18:56:05.132-07:00TROVAS / POSFÁCIO / CAMINHEMOSPela relatividade<br />tudo está no seu lugar.<br />O tempo não tem idade;<br />infinito é caminhar!<br /><br /><br />Os meus cabelos grisalhos<br />me impedem a caminhada;<br />enganado por atalhos<br />cheguei ao topo do nada!<br /><br /><br />Não temos culpa de nada;<br />nosso destino é fatal:<br />as flores da nossa estrada<br />são de um jardim virtual!<br /><br /><br />Os rios fazem carinho<br />no corpo da natureza<br />__encanto do ribeirinho<br />ao canto da correnteza!<br /><br /><br />O silêncio é a sutileza<br />de respostas olorosas<br />de um jardim onde a beleza<br />ecoa o parto das rosas!<br /><br /><br />Distante dos teus abraços<br />sinto não estar sozinho;<br />faço das sombras os passos<br />às luzes do meu caminho!<br /><br /><br />O tempo está me ensinando<br />que a grandeza se comprova<br />na pequenez da luz quando<br />a imensidão é uma trova!<br /><br />Ao som da noite uniforme<br />comigo a tristeza dança;<br />enquanto a esperança dorme<br />a saudade não descança!<br />===========================<br />P O S F Á C I O<br /><br /><br />A tarde fria sopra na vidraça<br />E esparge em mim um pálido receio:<br />---À vida de quem passa por passeio<br />o tempo empedernido jamais passa---<br /><br /><br />Decido abrir meu livro bem ao meio<br />e vejo que o passado deu-me à graça<br />de burilar a vida que congraça<br />aos feitos do posfácio que releio.<br /><br /><br />A paz da consciência à luz vislumbra<br />a noite carinhosa sem penumbra.<br />O medo então perpassa bem minúsculo.<br /><br /><br />O esvanecer da tarde continua<br />e na janela vem pousar a lua...<br />É o acalanto vívido ao crepúsculo!<br />===============================<br /><br />C A M I N H E M O S<br /><br />Se tens plena certeza do teu dom...<br />entrar em minha mente não permito<br />seguindo a tua estrada envolta em rito<br />nos ideais que vibram mesmo tom.<br /><br /><br />A tolerância existe ao infinito,<br />porisso eu compreendo como é bom<br />o teu compasso alegre ao mesmo som.<br />Se crês assim... também eu acredito.<br /><br /><br />Sigamos irmanados o caminho;<br />ninguém consegue o bem assim sozinho.<br />O individualismo é superado<br /><br /><br />por simples atitude fraternal.<br />A regeneração derrota o mal<br />se caminhamos sempre lado a lado.<br />===============================João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-60259052833004188752010-08-05T18:52:00.000-07:002010-08-05T19:20:23.099-07:00TROVAS / SONETOS: PROGRESSO E REVERÊNCIAPapel de carta, calado,<br />grande amigo confidente<br />que leva para o outro lado<br />as linhas que a ausência sente!<br /><br />Maria-fumaça apita<br />nos trilhos da minha vida<br />e a saudade então crepita<br />na plataforma esquecida.<br /><br />Quem silencia a verdade<br />não ouve do amor a voz;<br />perde a sensibilidade,<br />ganha a frieza do algoz<br /><br />Chuvas finas a regar<br />sedentas flores que imploram,<br />para os homens vêm mostrar<br />por que os anjos também choram!<br /><br />Deixa o lamento de lado,<br />abre a porta do futuro;<br />o tempo desperdiçado<br />é um tijolo a mais no muro.<br /><br />Lapidando a pedra informe<br />com paciência e carinho<br />abre-se um espaço enorme<br />entre as pedras do caminho!<br /><br />Felicidade consiste<br />olhar a vida risonha;<br />um brilho que não existe<br />nos olhos de quem não sonha.<br /><br />Quando a chuva beija o chão<br />ressequido das queimadas,<br />as flores em gratidão<br />choram gotas perfumadas!<br />==========================<br />PROGRESSO<br /><br />Estamos no começo de um indício<br />que a nova era há muito já nos traz:<br />um despertar solene para a paz<br />sem ritual, oficiante e ofício.<br /><br /><br />Com liberdade à vida nos compraz<br />eflúvio mais sublime do interstício.<br />O espírito na esteira de edifício<br />os mitos vai deixando para trás.<br /><br /><br />Com a ciência sempre em paralelo<br />o corolário derruba o castelo,<br />refúgio dos milênios sem acesso.<br /><br /><br />Se esta amplitude é a tez da onisciência<br />as vibrações afloram consistência;<br />é a lei do AMOR, o cerne do progresso.<br />===============================<br /> REVERÊNCIA<br /><br />Cansado de remar contra a corrente<br />parei para pensar na conseqüência:<br />Se a todo empenho tinha consciência<br />por que agia assim tão diferente?<br /><br /><br />Mesmo sabendo o fim, essa insistência<br />levava-me ao delírio irreverente.<br />A dor aos poucos foi tomando a frente<br />e tudo em mim gritou pela clemência.<br /><br /><br />Abrindo os olhos para a redenção<br />saí do barco que me dirigia;<br />passei a comandar-me na razão...<br /><br /><br />E na corrente a remo num mergulho<br />eu vi bem fundo, em cima, um novo dia.<br />O que me fez sofrer foi meu ORGULHO!!João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-75951322872069448632010-07-22T19:31:00.000-07:002010-07-24T21:11:50.204-07:00TROVAS, SONETO, POESIAS E PENSAMENTOSEssas fúrias almejadas<br />às pressas por mil conquistas<br />são vaidades algemadas<br />por tristes vendas das vistas!<br /><br /><br />O verde a perder de vista<br />qual tapete divinal<br />começa pela conquista<br />de um trabalho de quintal.<br /><br /><br />Na humilde casa da estrada<br />aos lumes desta amplidão<br />feérica luz dourada<br />no espaço de um lampião!<br /><br /><br />A simples gota de orvalho<br />a umedecer tênue relva<br />responde ao dom do carvalho<br />de impor a força da selva!<br /><br />Se o cansaço me estimula<br />renovar a caminhada<br />a cancela é quase nula<br />e a vereda, quase nada!<br /><br />Nunca devemos deixar<br />a nossa esperança fora.<br />Cada dia é um despertar<br />na juventude da aurora!<br /><br /><br />Quem planta dor planta mágoa,<br />navega contra a corrente,<br />pesca peixe fora d’água,<br />pisa na lama e não sente!<br />=========================<br />ISOLADO ENCANTO<br /><br /><br />Salão repleto, nobre de artes belas,<br />murmúrios, gestos, ares estilistas.<br />O afago forte nos pincéis de artistas<br />moldura abraços, traços, luz nas telas.<br /><br />A flor disposta à porta em todas vistas<br />exala as auras plácidas, singelas.<br />Porém as vistas todas são aquelas<br />voltadas às paredes tão benquistas.<br /><br />Se os quadros levam ao encantamento<br />no brilho mais audaz de um só momento...<br />o vaso à entrada ampara, preterida,<br /><br />a forma que transforma a transparência:<br />- a tela estampa a vida, é conseqüência;<br />a flor no entanto é causa, pois tem vida!<br />================================<br />T E M P O<br /><br />A par dos seus pensamentos<br />regando os cristais das teses,<br />abraço o espaço dos ventos,<br />a irrigação nos momentos<br />das cores desconhecidas.<br />O cosmos é o meu tentáculo;<br />estrelas, meu espetáculo<br />levando luzes às vidas.<br /><br /><br />No telúrico solfejo<br />a sinfonia, constante,<br />embala à mente, latentes,<br />Impulsos inconscientes<br />das batutas imortais.<br />Afugento as elegias,<br />as cinzas das nostalgias,<br />obliterando os “jamais”.<br /><br /><br />Nos degraus da evolução<br />os meus pés não têm cansaço.<br />Meu fôlego norteado<br />une o futuro ao passado;<br />mil perguntas à razão.<br />Nas fotos amareladas<br />traço as minhas pinceladas<br />e portas ao coração.<br /><br /><br />Eu sou a ponte de tudo;<br />o alfa, ômega, o éter;<br />asas da motricidade<br />no esplendor da eternidade<br />gerando início sem fim.<br />Eu sou o parto das rosas;<br />aura dos versos e prosas;<br />reticências no confim!<br />===========================<br />O SONO DOS JUSTOS<br /><br />Dorme, Diógenes!<br />O seu intento perdura entre nós.<br />As virtudes existem ainda<br />e a contraparte, o nosso algoz.<br />Não cansam da desonestidade.<br />A honra, o manto das escolas,<br />insiste acordar a saudade.<br />Dorme, Diógenes!<br />A indignação permeia as gargantas<br />e um resquício de fé sobrevive<br />na lanterna que acalantas.<br />o espírito não perdeu o brilho<br />malgrado as ânsias vorazes<br />suscitarem estribilho!<br />Dorme, Diógenes!<br />O tempo das flores é contumaz<br />e os poetas volitam audazes;<br />quem faz o belo o feio desfaz<br />O mundo persiste em catarse;<br />a consciência, o eterno juíz.<br />A luz no escuro mais se esparze...!<br />==========================<br />PENSAMENTOS<br />Não toques no gigante sem conhecê-lo antes.<br />-----------------------------------------<br />Assim como a pedra é o molde da erosão, a pessoa empedernida é a ferida da emoção.<br />-----------------------------------------<br />É plausível o jogo perspicaz da política, porém, o povo não deve considerá-la um jogo, limitando torcer na arquibancada.<br />------------------------------------------<br />Dimensão e limite não se coadunam, assim como a expressão da arte e a via Láctea.<br />------------------------------------------<br />Não deixes escapar pelas mãos o que cabe exatamente nelas.<br />-------------------------------------------<br />Quando o círculo se fecha abre-se a verdade.<br />-------------------------------------------<br />Talento não se aprende; amadurece na escola.<br />-------------------------------------------<br />Tudo torna-se difícil quando não se empenha em fazê-lo.<br />--------------------------------------------<br />Uma verdade com meia mentira é igual uma mentira e meia.<br />--------------------------------------------<br />Um bom diálogo vale mais que mil recados.<br />---------------------------------------------<br />Observa o comportamento do próximo para apalpares as tuas arestas e virtudes no mais absoluto silênco.<br />------------------------------------------------<br />Num sistema indecente o culpado é inocente.<br />-------------------------------------------------João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-1420241496878275112010-07-08T20:02:00.000-07:002010-07-08T20:57:43.244-07:00RETORNO DO RECESSOCaros amigos, após 35 dias, volto a normalizar a postação(agora quinzenal) dos trabalhos.<br />-----------------------------------------------------------------------------------------<br />A essência da liberdade<br />todo ser pode senti-la:<br />O fluido do amor invade<br />a consciência tranqüila.<br /><br /><br />Quanto mais a idade avança<br />mais minha alma se aprimora;<br />meu coração de criança<br />brinca de saudade agora!<br /><br /><br />Dinheiro não cai do céu<br />e de pedra não sai leite.<br />quem espera sempre ao léu<br />não passa de um mero enfeite!<br /><br /><br />Façam o povo feliz:<br />A mente aberta é capaz<br />de saber o que se diz<br />por saber o que se faz!<br /><br /><br />Por que o poeta é sensível<br />de tal forma a sofrer tanto?<br />...Seus olhos em qualquer nível<br />represam dor... flui o pranto!<br /><br /><br />Foi excesso de cautela<br />a causa do meu tormento:<br />Guardei o retrato dela<br />dentro do meu pensamento!<br /><br /><br />Coração desiludido<br />não culpe ninguém por isso;<br />se agora vive esquecido...<br />é porque já foi omisso!<br /><br /><br />Prostrado em minha arrogância<br />à humildade hoje me entrego;<br />ficou menor a distância<br />sem o peso do meu ego!<br /><br /><br />Se letras tivessem pernas<br />calçariam matemática;<br />andariam mais fraternas<br />com teoria na prática<br /><br />=======================<br /><br />J O I O<br /><br />Por que nós complicamos singelezas<br />pelo simples sabor de afirmação;<br />por que não escutar o coração<br />que pulsa as vibrações das incertezas...<br /><br />se temos ao alcance o corrimão;<br />degraus que facilitam mãos coesas;<br />o dom de emocionarmos às belezas...<br />Por que só ver a luz na escuridão?<br /><br />Estamos de passagem simplesmente.<br />Abrindo com desvelo nossa mente<br />o mundo é bem maior em nosso espaço.<br /><br />Por que nós complicamos as passagens<br />seguindo a realidade das miragens?<br />A vida é bela e o tempo é bem escasso!<br />==============================<br /><br />F A N A L<br /><br />O tempo é um corredor de maratona<br />que a todos nós compete um fim preciso,<br />porém alguns alcançam paraíso<br />e muitos mal conseguem vir à tona.<br /><br /><br />Quem aproveita o espaço do juízo<br />desvia da cancela que o detona.<br />O fugitivo corre na carona<br />da ventura fugaz de um indeciso.<br /><br /><br />Recuperar o tempo esvoaçado;<br />catar os cacos lânguidos na fonte<br />é maratona e a história se repete:<br /><br />Para chegar sadio do outro lado<br />nem que a distância for para o horizonte<br />setenta vezes sete vezes sete!<br />=============================<br />ESCRAVO DO ADEUS<br /><br /><br />Um lenço branco ao longe é uma constante<br />na solidão que eu mesmo construí,<br />escravo do meu ego ao seu talante;<br />verdugo da humildade que perdi.<br /><br /><br />No pensamento agora tão errante<br />vislumbro espelho frágil que parti.<br />Malgrado a juventude me acalante<br />macróbio em lassidão detenho aqui.<br /><br /><br />Foi tudo uma serpente intempestiva.<br />Fugimos em veredas dolorosas...<br />mas hoje estás feliz, muito bem viva.<br /><br /><br />Divides teu caminho com as rosas...<br />e eu somo à solidão a minha vida<br />multiplicando as mãos da despedida!<br />==========================<br />HARMONIA DO OLHAR<br /><br />Um mavioso som esparziu-me à mente<br />de repente, alucinadamente,<br />ao deparar-me no alarme do olhar<br />do teu mundo de olhar.<br />No ínfimo espaço do nosso íntimo<br />apenas o som das veias<br />que incendeias nas entranhas.<br />Uma canção acaricia<br />os nossos tatos dos olhos.<br />Latente harmonia<br />explode em êxtases...<br />e deparamo-nos no santuário<br />onde a pauta é infinita.<br />É o coral do suprassumo!<br />Ali mesmo se chega às estrelas!<br />Nossos corpos são nossos olhos!<br />Adentramos nas almas<br />e purificamos a eternidade!!<br />=============================João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-72300128493839534412010-06-03T20:27:00.000-07:002010-06-03T21:34:52.558-07:00TROVAS / DESPERTAR / CONDIÇÃO / PENSAMENTOSSão nos pequenos sinais<br />que a natureza diz tudo;<br />a indiferença jamais<br />ameniza o conteúdo!<br /><br /><br />Na fúria da roda-viva<br />no constante competir,<br />é o cansaço que incentiva<br />a parar... pensar... e agir!<br /><br /><br />Escrevo agora somente<br />sabendo estar solitária;<br />seu antigo remetente<br />tem outra destinatária!<br /><br /><br />Nossas almas tão unidas<br />num mistério sedutor<br />parecem que de outras vidas<br />já nutriam grande amor!<br /><br /><br />Se esquivas virando a rua<br />pensando fechar questão,<br />meu coração insinua:<br />esquina não tem portão!<br /><br /><br />Sinto até hoje a carência,<br />em noites tristes de inverno,<br />o rigor da paciência<br />no doce afago materno!<br /><br /><br />Nuvens brancas, passageiras,<br />ao vislumbrarem a terra...<br />com suas plumas ligeiras<br />fazem carícias na serra!<br /><br />Ao som da noite uniforme<br />comigo a tristeza dança.<br />Enquanto a esperança dorme<br />a saudade não descança!<br /><br />A trova é meu alimento<br />que me energiza na busca<br />da inspiração sem lamento<br />da nostalgia que ofusca.<br />--------------------------------<br />DESPERTAR<br /><br />Nesta esfera conturbada<br />onde o tempo é açodamento,<br />o amor é flor digital,<br />auroras sem firmamento...<br />o poeta resvalando<br />vai tateando os resquícios<br />das cantigas de ninar...<br />vai juntando, vai formando,<br />e um anjo vai despertar!<br /><br />Desenha um bosque florido,<br />redes e meditações.<br />Os arrebóis agradecem,<br />tecem elucubrações...<br />O poeta continua,<br />vai catando os pingos d'ouro<br />das cantigas de viver...<br />vai amando, vai criando,<br />para um novo amanhecer!<br /><br />Assim é o ciclo da vida:<br />o amor é o cerne de tudo<br />nesta esfera conturbada<br />que forja um poema mudo...<br />mas os eflúvios são fortes;<br />não há vestígio que morra<br />nas cantigas de ninar...<br />a esperança fortalece<br />e um anjo põe a chorar!!<br />-----------------------------------<br /><br />CONDIÇÃO<br /><br />É mais um dia, mais promessas, mais,<br />é sempre mais, às vezes muito pouco;<br />não sobram portos nesse espaço louco<br />de um mar de sonhos, metas e fanais.<br /><br /><br />A voz serena no alarido mouco<br />encanta ao canto solo em madrigais.<br />O meu querer é ver azuis reais;<br />gritar a paz mesmo que fique rouco!<br /><br /><br />Se ainda resta um rastro que norteia<br />a luz no túnel do espigão na areia,<br />a onda é breve e a clarabóia acena:<br /><br /><br />Eterna é a alma alvo nos clamores;<br />passam os rios como passam dores.<br />A vida é curta para ser pequena!!<br />--------------------------------------------<br /><br />Todos os nossos atos são como tijolos: boa qualidade, construção sólida.<br />-------------------<br />Quanto mais reconhecemos nossos defeitos, mais aproximamos de nossas verdades.<br />-------------------<br />Em guerra de demônios todo santo é suspeito.<br />-------------------<br />O crescimento espiritual é lento e o material vento.<br />-------------------<br />A alma de bela imagem não carece maquiagem.<br />-------------------<br />O estadista vê o povo à sua imagem e não a imagem do povo.<br />-------------------<br />O respeito é a obra de arte mais perfeita.<br />-------------------<br />Absoluto é o legado da memória que não se dilui na história.<br />-------------------<br />Nas pequenas coisas, grandes detalhes. Nos grandes conflitos, coisas pequenas.<br />-------------------<br />A razão é o pensamento que grassa; a emoção, o vento que passa.<br />-------------------<br />Quanto penso na morte penso no tempo. Quanto penso na vida o tempo é ficção.<br />-------------------<br />Falar mais, menos, significa muito mais por menos.<br />-------------------<br />A profundidade da alma é o espelho da largura dos olhos.João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-51674986666154517042010-05-20T14:18:00.000-07:002010-05-28T18:00:47.007-07:00TROVAS / CARÍCIAS / INCONSEQUÊNCIAQuando a mente se alvoroça<br />e vocifera no entulho...<br />arremeda uma carroça:<br />mais vazia... mais barulho!<br /><br />Sei, nem tudo é um mar-de-rosas;<br />aprendi com teus carinhos;<br />as paisagens mentirosas<br />mostram rosas sem espinhos!<br /><br /><br />Deus ao criar a beleza<br />em tons modestos, suaves,<br />coloriu a natureza<br />na singeleza das aves!<br /><br /><br />Cada árvore cortada<br />por ganância, choro e vejo<br />menos uma revoada...<br />mais angústia ao sertanejo!<br /><br /><br />Alvorada...e um desalinho<br />numa cor acinzentada<br />mostra o vazio de um ninho<br />no silêncio da queimada!<br /><br /><br />Na leveza do carinho<br />de tuas mãos emplumadas<br />sinto ser um passarinho<br />nas brisas das alvoradas!<br /><br /><br />No silêncio da varanda,<br />caramanchão ressequido,<br />sinais de pés em ciranda<br />parecem não ter sumido...<br /><br /><br />Falsidade deixa brecha<br />na roda-viva que invade.<br />Quando o círculo se fecha<br />escancara-se a verdade!<br /><br />A noite, em meio à ternura<br />da solidão que me abraça,<br />adentra em mim e murmura<br />que o dia bate à vidraça!<br />-------------------------------------<br />CARÍCIAS<br /><br />As nossas mãos nem se tocam...<br />e os olhos trocam dardos deslizantes<br />percorrendo nas veias lavas<br />e em nossos corpos leves<br />o suor lânguido, sereno.<br /><br /><br />A seda dos dedos nos envolvem<br />paulatina e ternamente<br />e os olhos cerrados e errantes<br />dizem-se nos pensamentos<br />os anseios fugazes então calados.<br /><br /><br />A eternidade do momento<br />paira nas carícias dadivosas<br />e a súplica intempestiva<br />delineia nossas peles, nossos nervos,<br />nossos atos e recatos.<br />------------------------------------------<br /><br />INCONSEQUÊNCIA<br /><br />Andante em passos largos e faceira<br />no alvor da plenitude -- bem celeste --<br />a nuvem de repente, em tom agreste,<br />agita-se no tisne da fogueira.<br /><br /><br />O verde obliterado então se veste<br />de um breu que a brisa alisa passageira<br />e voa à toa e perde-se à fronteira<br />de um horizonte sem oeste... leste...<br /><br /><br />Floresta abaixo! Em troca de um futuro<br />que assombra e à sombra da incerteza jaz:<br />Inconsequência da pior receita.<br /><br /><br />Hoje recebe o que plantou... e o muro<br />lá permanece e a esperança... atrás!<br />Será que vai haver melhor colheita?<br /><br />----------------------------------------------João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-56335433707040148032010-05-07T18:45:00.000-07:002010-06-09T20:50:19.613-07:00SONETO ÀS MÃES/TROVAS E PENSAMENTOSRIMA DIVINA<br /><br />Quem é você, amor sem preconceito,<br />que nutre vidas, asas para o além<br />perenizar correntes para o bem<br />no vencedor porvir do mal desfeito...<br /><br /><br />Quem é você, imagem sem desdém<br />do amálgama fluídico no peito<br />do enleio que se abre no respeito<br />do anseio à paciência sem porém?<br /><br /><br />Eu sou aquele ser que tem o ventre<br />para que a vida nele se concentre<br />à caminhada em orbe que sublima.<br /><br /><br />No amor augusto a Deus, sem penitência,<br />removo pedras com benevolência:<br />Eu sou a MÃE que arrrima sem a rima!!<br /><br />----------------------------------------------<br /><br />G R A T I D Ã O<br /><br /><br />Muito obrigado, minha mãe querida,<br />por tudo que fizeste ao meu sucesso,<br />das contas do teu terço, sem medida;<br />do ventre ao patamar do teu regresso.<br /><br /><br />Teus quatro filhos choram a partida<br />porém a nova casa tem acesso<br />às vibrações de prece enternecida;<br />por isso aqui de ti não me despeço.<br /><br /><br />Cumpriste integralmente uma missão<br />de persistir família em união.<br />Ao teu sorriso a paz se descortina.<br /><br /><br />Nossa vida não tem ponto final:<br />Transpondo a realeza do portal<br />pertinho do Nenê... a dona Nina!!<br /><br />----------------<br />Homenagem à minha mãe, Antonia Xavier de Oliveira<br />*13-05-1921<br />+05-03-2010<br /><br />---------------------------------------------<br /><br />Criar filhos requer, sim,<br />muito amor, senão vejamos:<br />Construímos um jardim<br />mas das flores não cuidamos.<br /><br /><br />Para mesclar-se na lama<br />quem desconhece a serpente...<br />quinze minutos de fama<br />é o tempo suficiente!<br /><br /><br />Os nossos beijos ardentes<br />são frutos de encenação...<br />...e no camarim nem sentes<br />o aperto da minha mão!<br /><br /><br />Para iludir solidão<br />cantando falsos enredos<br />abraço o meu violão<br />passando as dores aos dedos.<br /><br /><br />Em virtude da maldade<br />não nascer com a pessoa,<br />virtude não tem idade;<br />é sempre uma coisa boa!<br /><br /><br />As flores do meu jardim<br />parecem eternas divas.<br />A idade do amor em mim<br />é a feição das sempre-vivas!<br /><br /><br />A falsidade é um verniz<br />com brilho artificial;<br />não remove a cicatriz<br />proveniente do mal!<br /><br /><br />Quando dobramos a esquina<br />da rua de nossa vida...<br />o que nos guia, ilumina,<br />é caridade assumida!<br /><br /><br />Se esta vida é uma passagem<br />cuidemos da passarela,<br />não cultivando a miragem<br />que a falsa imagem revela!<br /><br /><br />Olhemos atentamente<br />o lado bom da pessoa.<br />Coração fica dormente<br />se a razão dormir à toa.<br /><br />--------------------------------------<br />O estrelismo exacerbado é um presente que pode facilmente ser passado.<br />--------------------<br />A credibilidade de uma instituição abalada é uma tampinha numa enxurrada.<br />--------------------<br />A inspiração é o momento em que a sublimação oscula a humildade.<br />---------------------<br />Enquanto muitos tocam piano, a esperança de ouvir esperança não pode ter pausa.<br />---------------------<br />Quando o simples torna-se complexo, denota que os valores triviais perderam nexo.<br />---------------------<br />A mentira não precisa ser verdadeira para aviltar a verdade.<br />---------------------<br />Permitas que te coloquem asas e sentirás o peso das alturas.<br />---------------------<br />A meditação é inimiga da contradição.<br />---------------------<br />Conhecendo ou não, respeite. A crítica só é válida quando o conhecimento é respeitado.<br />---------------------<br />Social considerado como tal, demagogia é mera utopia.<br />---------------------<br />O desdém às pequenas e úteis coisas preconiza a extinção do veio que formará o rio<br />---------------------<br />A queda de um muro pode ser um divisor de águas ou multiplicador de pedras.<br />---------------------João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-1412796734104870052010-05-01T21:39:00.000-07:002010-05-01T22:03:06.786-07:00"TRABALHO!!"PRIMEIRO DE MAIO<br /><br /><br /><br />Olhando o calendário fico pasmo:<br />Que maravilha de nação feliz!<br />...E ao ver as folgas com entusiasmo<br />lembro das malas: nossa! Nem desfiz!<br /><br /><br />E num enlevo a remedar orgasmo<br />vou planejando: e agora, meu país?<br />Em qual lugar esquecer o marasmo<br />do meu trabalho que nada condiz?<br /><br /><br />Conto nos dedos os dias faltantes.<br />Se é feriado na terça ou na quinta<br />falto na sexta ou segunda e bem antes<br /><br /><br />que outro espertinho na frente desminta<br />fico doente de espirro por nada.<br />Vejo-me a postos: mais uma jornada!!João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-67206891782711883272010-04-29T15:52:00.000-07:002010-04-29T18:52:35.930-07:00TROVAS/ATRAÇÃO/CAUSA-EFEITOSe a flor em um simples verso<br />já nos dá mil alegrias,<br />a primavera é universo<br />que acalanta mil poesias!<br /><br /><br />Como será o horizonte<br />que a natureza reclama...<br />se a água ao sair da fonte<br />recebe abraços da lama?<br /><br /><br />O ipê floresce no inverno;<br />chuva esparsa no verão;<br />amor e abraço fraterno<br />aquecem toda estação!<br /><br /><br />Tudo tem razão de ser;<br />a natureza é perfeita.<br />Para sempre irá colher<br />bons frutos quem a respeita.<br /><br /><br />O desnudar do arrebol<br />renova as vestes do dia;<br />ganha carícias do sol,<br />o tecelão da magia!<br /><br /><br />No meu sertão a quietude<br />das flores me deixa mudo...<br />E a fonte de juventude<br />dentro de mim... aqui é tudo!<br />===========================<br /><br />A T R A Ç Ã O<br /><br /><br />É mais fácil ser bom do que ruim.<br />A bondade moldura os pensamentos<br />que emudecem os laços dos lamentos<br />atraindo os eflúvios de um jardim.<br /><br /><br />Ser ruim é assentir aos maus momentos<br />impedindo que a alma diga sim<br />à beleza da paz, nobre, sem fim;<br />é afogar-se nas teias dos sedentos.<br /><br /><br />E se a culpa caminha à estrada estreita<br />carregando os espinhos por colheita,<br />os espinhos protegem linda flor...<br /><br /><br />...que exalando o perfume redivivo<br />enaltece o vergel evolutivo.<br />Como é fácil ser bom: atrai amor!!<br /><br />=====================================<br /><br />CAUSA-EFEITO<br /> <br /> I <br /><br />Quando a fonte<br />afina com a ponta<br />a ponte<br />não desaponta<br />... e o monte<br />não perde a monta.<br /><br /><br />Quando a chama<br />afina com fanal<br />a fama<br />foge ao banal<br />... e a lama<br />perpassa ao mal.<br /><br /><br /><br />II<br /><br />Quando o monte<br />afina com banal<br />a ponte<br />é o vertical<br />desmonte<br />nas pás de cal.<br /><br /><br />Quando a fama<br />se enrosca pela conta<br />a chama<br />a paz desmonta<br />... e a lama<br />ao breu aponta!!<br />=========================João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-61746785242092023082010-04-15T13:35:00.000-07:002010-04-15T14:12:52.164-07:00TROVAS/SONETO/PENSAMENTOSPessoa que vangloria<br />fortuna por ser bem “vivo”<br />aumenta a moral vazia<br />agindo em diminutivo.<br /><br /><br />É na hora da verdade,<br />disfarce postado ao chão<br />que o mesquinho tem saudade<br />quando tinha coração.<br /><br /><br />Para “gregos e troianos”<br />beberem da mesma taça...<br />se for preciso mil anos<br />de entendimento... que o faça!<br /><br /><br />Os meus brinquedos de infância<br />à lembrança não têm fim<br />na criança sem distância<br />a sonhar dentro de mim!<br /><br /><br />Bom marinheiro não teme<br />o açoite dos temporais...<br />A sabedoria é o leme<br />que norteia sempre ao cais.<br /><br /><br />A fé tem luz invisível<br />que brilha no coração<br />iluminando o possível<br />no caminho da oração!<br /><br /><br />O espinho protege a flor<br />pelo encanto do perfume,<br />todavia fere o amor<br />com venenos do ciúme.<br /><br />Papel de carta, calado,<br />grande amigo confidente<br />que leva para o outro lado<br />as linhas que a ausência sente!<br />===========================<br />===========================<br /><br /> C O N Q U I S T A<br /><br />Foi por você feliz que fui além.<br />Aprendendo a crescer cheguei mais perto<br />da humildade silente e ao peito aberto<br />às agruras do tempo e do desdém.<br /><br />Jamais pensei que um dia fosse inserto<br />à minha veleidade um simples bem<br />gerado nessas buscas que contêm<br />um misto de universo e de deserto.<br /><br />Desprendi-me total e com certeza.<br />Pela felicidade dividida<br />nossa paixão ficou consolidada.<br /><br />Por mera indicação da natureza<br />eu me encontrei no plano da subida:<br />E por você feliz quero mais nada!!<br />--------------------------------<br />Bauru, 30.01.2003<br />---------------------------------<br />===========================<br />===========================<br /><br />O tamanho do mundo afere-se pelo tamanho das pessoas.<br />============================<br />O silêncio é o maior incentivador das palavras.<br />============================<br />Evolução e dimensão divina são eternamente proporcionais.<br />============================<br />O veneno é mais danoso quando se expressa e não quando se ingere.<br />============================<br />Ascensão sem embasamento é rojão no firmamento.<br />============================<br />Autoafirmação é a atitude de beber água sem ter sede.<br />============================<br />Somos tão frágeis que se não estivéssemos aqui de passagem nada teria sentido.<br />=============================<br />Ao deparar-se com um gigante não é plausível concebê-lo como tal; pode ser um bebê, ainda.<br />=============================<br />Os maiores quebra-cabeças são aqueles que não foram quebrados no tempo propício.<br />=============================<br />O preço da arrogância é o esfacelamento do ego.<br />=============================<br />Subsistência contumaz da teoria... resistência voraz da hipocrisia.<br />==============================<br />Menos políticos plantonistas... mais ensejo aos estadistas.<br />==============================<br />Quando aplaudirem todos os seus pensamentos, pense melhor antes de sorrir.<br />==============================<br />Se o dinheiro fala mais alto a dignidade está sujeita ao silêncio.<br />===============================João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-58099344790969999302010-04-08T18:06:00.000-07:002010-04-08T18:41:20.382-07:00D I V E R S O SDemorei para crescer...<br />Valeu a pena lutar.<br />Toda luz do alvorecer<br />renasce bem devagar!<br /><br /><br />Que o nosso amor não se estrague<br />por chispas de lero-lero;<br />caminhos em ziguezague<br />no final dois...igual zero!<br /><br /><br />Poeta que forja rima<br />sem os passos da paixão...<br />pensando que está por cima<br />não passa mesmo é do chão.<br /><br /><br />O tempo é pluma ou agreste;<br />incansável peregrino<br />que a nossa estrada reveste<br />de humildade ou desatino.<br /><br /><br />Seja qual for a colheita<br />volta os olhos para o céu;<br />o que vem de Deus... aceita.<br />Esse é o meigo tabaréu!<br /><br /><br />Até espaços têm sentido<br />quando a poesia é completa<br />do silêncio ao alarido<br />no coração do poeta!<br /><br /><br />O velho maestro chora<br />junto ao coreto da praça<br />pois a retreta de outrora<br />é de um tempo que não passa!<br /><br /><br />Somente o trabalho faz<br />das veredas, avenidas<br />pavimentadas de paz...<br />ornamentadas de vidas!<br />= =========================<br />==========================<br /><br /> A FACE DA SEMENTE<br /><br />Desejo sublimar nosso passado;<br />louvar as tempestades superadas;<br />beber o eterno amor a nosso lado<br />em gotas de saudosas madrugadas.<br /><br /><br />Os gestos de ternuras ensaiadas<br />perpassam nosso leito derramado<br />no suprassumo das horas paradas;<br />na incandescência do suor cansado.<br /><br /><br />Uma semente apenas... o bastante<br />para acalmar os dardos dos anseios<br />de noite aberta no perfil amante.<br /><br /><br />E germinou suave na saliência<br />do ventre abençoado os nossos meios<br />à mais sublime face da inocência!!<br />==============================<br />==============================<br /><br />Tudo que á fácil e perto pode ter preço incerto.<br />-----------------------------<br />País de parcos arranjos carece de muitos anjos.<br />------------------------------<br />A perenidade se manifesta no minuto de reflexão.<br />------------------------------<br />O estadista é escravo do futuro; o populista, algoz do presente.<br />------------------------------<br />O represamento é o chão no teto do pensamento.<br />------------------------------<br />A cura simplesmente pela geleira da técnica não é tão saudável quanto à mescla do calor humano.<br />------------------------------<br />Faça às pequenas o mesmo às grandes coisas. Dimensão subjetiva é ilusória.<br />------------------------------<br />Hipocrisia é a triste arte de subtrair a razão da razão.<br />------------------------------<br />Rancor é o espinho que arranha a alma.<br />------------------------------<br />Humilhar o próximo é ostentar o orgulho por duas vêzes.<br />------------------------------<br />Mais saudável é conviver com inimigos do que com insensíveis.<br />------------------------------<br />A locupletação pode ser irmã da falácia e mãe da miséria.<br />------------------------------<br />Você não sendo aquele que desejam, não deseje sê-lo para não perdê-los.<br />------------------------------<br />Escalar a fama por caminhos que não o da competência é ganhar o virtual e perder a gerência.<br />------------------------------<br />Quando a solução estiver em tuas mãos, estende uma delas ao teu coração.<br />------------------------------<br />Ouvindo tudo o que falamos, silêncio é mero detalhe.<br />------------------------------<br />Atribuir culpa ao estigma é mais cômodo que exercitar o discernimento.<br />------------------------------<br />Se a nascente dessedentar meia dúzia, o tempo encarregar-se-á de fazê-lo a meio milhão.<br />------------------------------João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-70875744261521573222010-04-02T06:37:00.000-07:002010-04-02T23:15:17.732-07:00TROVAS/SONETOS/POESIANossas almas em pedaços<br />se uniram por desatinos,<br />pois são também de fracassos<br />que se lapidam destinos!<br /><br /><br />Pela cortina entreaberta<br />eu noto que a nostalgia<br />é a minha platéia certa<br />numa poltrona vazia...!<br /><br /><br />Onde águas passam, folhagens<br />agradecem verdes, belas...<br />E aos pintores as imagens<br />dão mais vida às suas telas!<br /><br /><br />Não há sorriso que emplaque<br />na comédia dessa vida<br />se na ironia da claque<br />qualquer verdade é escondida!<br /><br /><br />Tua mão quando desliza<br />no meu rosto preocupado<br />tem a carícia da brisa<br />soprando um corpo molhado!<br /><br /><br />Folhas abertas à vida...<br />quanto saber espalhado!<br />Quanta esperança perdida<br />contém um livro fechado!!<br /><br /><br />ÊLE que tudo conduz<br />na sábia e eterna medida,<br />à estrela do céu dá luz<br />e à estrela-do-mar dá vida!<br /><br /><br />Da verdade não sou dono<br />mas dou razão às quimeras;<br />toda fortuna de outono<br />é o fruto das primaveras!<br />===========================<br />===========================<br /><br />À LÁGRIMA<br /><br />Quando a esperança acorda um sonho leve<br />e o som da natureza se aprimora;<br />penumbras do passado vão embora<br />e o toque do relógio não se atreve...<br /><br /><br />Quando o aperto de mão à paz aflora<br />e a dúvida do amor torna-se breve;<br />o gelo da pintura vira neve<br />e o justo com justiça não demora...<br /><br /><br />Ressurgem as latentes pradarias;<br />os olhos não se enganam com a fala<br />e a liberdade enfim mais aparece.<br /><br /><br />Tertúlias fraternais noites e dias<br />lapidam o poeta que se exala<br />e à lágrima fervente desfalece!<br />==============================<br /><br />MEU NOME<br /><br />ÁGUA, que malgrado escolhos<br />flui desprendida ao mar<br />onde horizontes perenes<br />convidam a colimar;<br />onde a brisa é o braço amigo<br />que levemente a um abrigo<br />leva a mente a meditar.<br /><br /><br />ALMA, que não teme os ritos,<br />tabus, muralhas ou setas,<br />onde as cantigas perenes<br />convidam novos poetas;<br />onde a lágrima é sentida<br />lá dentro da própria vida<br />no fulgurar dos ascetas!<br /><br /><br />ASAS, sem peias ao norte<br />nos ares das sementeiras,<br />onde as palavras não calam<br />amarguras das fronteiras;<br />onde o sinal da pureza<br />restringe qualquer nobreza<br />das alas não verdadeiras.<br /><br /><br />Sou a porta sempre aberta<br />aos caminhos da verdade.<br />Inimiga do silêncio<br />a minha voz sempre invade<br />a convenção que reclama<br />maior dosagem da chama:<br />O meu nome é L I B E R D A D E !!<br /><br />============================<br />============================João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-12749994629864468442010-03-25T14:13:00.000-07:002010-03-25T19:00:27.369-07:00DIVERSOSSe massa tem pouco cimento, o tempo será testemunha do lamento.<br />........................<br />As arestas existem para os aparos e não para as aparências.<br />........................<br />Quanto mais distância do espírito mais proximidade do conflito.<br />........................<br />A função dos números é para servir e não para serem perseguidos na servidão.<br />.........................<br />Dois falidos em discussão equivalem a dez gralhas perdidas.<br />..........................<br />A peneira e o sol são os melhores amigos da verdade.<br />..........................<br />O descobridor de roda é um péssimo leitor, ouvinte e informante.<br />..........................<br />A protelação do agora é o agora do ontem perdido.<br />..........................<br />Enquanto existir incautos haverá falsos arautos.<br />...........................<br />Toda crise tem o lado positivo: explicita as mazelas da corrupção, da incúria e incompetência.<br />..........................<br />Os extremos não planejados são o resultado dos meios mal traçados.<br />=========================================<br />=========================================<br />De Henri Poincaré:<br />Duvidar de tudo ou acreditar em tudo são duas soluções igualmente cômodas; ambas nos dispensam do trabalho de pensar.<br />==========================================<br />==========================================<br />De Emmanuel:<br /><br />A ciência é luz.<br />A filosofia é trabalho.<br />A religião é amor.<br /><br />A luz esclarece.<br />O trabalho aperfeiçoa.<br />O amor santifica.<br /><br />Com a ciência experimentamos.<br />Com a filosofia concluimos.<br />Com a religião edificamos.<br /><br />A luz sem trabalho e sem amor pode reduzir-se à beleza inútil.<br />O trabalho sem amor e sem luz pode ser mera perturbação.<br />O amor sem luz e sem trabalho pode converte-se em egoismo fanático.<br /><br />A ciência, por isso, é senda de progresso.<br />A filosofia, por essa razão, é estrada para o conhecimento.<br />E a religião, por esse motivo, é caminho para a sublimação.<br />A luz exalta a inteligência.<br />O trabalho enriquece a razão.<br />O amor diviniza o sentimento.<br /><br />Com a ciência o homem descobre a casa em que nasceu para a imortalidade, com a filosofia, aprende a viver e com a religião desenvolve as próprias asas que o transportarão à excelsitude imperecível a que se destina.<br />Façamos, assim, de nosso roteiro espiritualista, com Jesus, o templo vivo, em que a ciência seja cultivada, em que a filosofia se erga em altar de nosso respeito e em que a religião seja alimento de cada dia em nossos pensamentos, palavras e ações.<br />E, alicerçados nessa trilogia de valores universais, estejamos convictos de que faremos de nossa fé o santuário sublime que nos conduzirá do mundo renovado aos Eternos braços de Deus.<br />==============================================<br />==============================================<br />Termino meu jogo agora<br />mesmo com placar zerado.<br />Jamais eu joguei por fora;<br />perdi... ganhei... fui honrado!<br /><br /><br />Sensibilidade extrema<br />é tocar de leve na alma<br />com a pena de um poema...<br />e logo a angústia se acalma!<br /><br /><br />Viver hoje intensamente...<br />um dia de cada vez.<br />Cada dia uma semente...<br />trinta sementes por mês!<br /><br /><br />Considero fugitivo<br />aquele que não tem calma<br />levando o corpo aflitivo<br />a correr mais que sua alma.<br /><br /><br />Não tendo repercussão<br />a hipocrisia nos dá<br />verdadeira pulsação<br />De um eco "blá! blá! blá! blá!"!!<br /><br /><br />O mundo inteiro...que importa<br />o poder que se desfaz?<br />Além da terra, uma porta<br />aos humildes pela paz!<br /><br /><br />Desperta, poeta, a esperança<br />na luz que o mundo precisa<br />embalando na criança<br />os ares que fazem brisa!<br />========================<br />========================<br /><br />RESSURREIÇÃO<br /><br /><br />O amor chegou, sentou-se à farta mesa.<br />Pensou que ali vivia o seu abraço<br />porém ouviu palavras ao espaço<br />- lamentos no vazio da incerteza.<br /><br /><br /><br />O orgulho sério sempre no pedaço<br />maior, mais firme e sem qualquer fineza<br />abriu a porta à sádica esperteza<br />deixando entrar a glória do fracasso.<br /><br /><br /><br />A farta angústia enfim, no desencanto,<br />tocou no amor, pediu a paz, no entanto,<br />além da paz ganhou um ar de aclive.<br /><br /><br /><br />E assim as mãos se uniram sob a luz<br />do amor, pela humildade que seduz<br />e sendo eterno e terno sobrevive!João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7253918850320648237.post-19598187136430364742010-03-18T21:36:00.000-07:002010-03-21T15:24:50.385-07:00V I A G E MGanho momentos da vida<br />para recordar momentos<br />que minha infância querida<br />legou aos meus pensamentos.<br /><br />Infância da ingenuidade,<br />dos planos mirabolantes<br />de conquistar a cidade<br />e mudar o que era antes.<br /><br />Infância bola-de-gude<br />entre os dedos tão certeiros;<br />o êxtase da virtude<br />atravessando os bueiros.<br /><br />O taco no pega-pega,<br />balança-caixão e pique,<br />passa-anel e cabra-cega,<br />estilingue e piquenique.<br /><br />Matinê e amarelinha,<br />lobisomem e sacis,<br />roubar manga da vizinha,<br />sempre escapar por um triz.<br /><br />Mocinho e vilão, ciranda,<br />jogar pedras no telhado,<br />caminhar atrás da banda,<br />fincar os pés no molhado.<br /><br />Esconder a nota baixa,<br />brigar por qualquer motivo,<br />fazer brinquedo de caixa,<br />se esbaldar no morto-vivo.<br /><br />Sujar a roupa sem dó,<br />escalar o jatobá,<br />encher a casa de pó,<br />confessar o que não há.<br /><br />No carnaval bater lata,<br />soltar pipa no campinho.<br />O resmungão que maltrata;<br />carrapicho, prego e espinho.<br /><br />Perna-de-pau no palhaço<br />anunciando na rua...<br />quem tiver nervos de aço<br />vai ver homem que flutua.<br /><br />Nas férias, o carrossel,<br />e as arapucas no mato.<br />No natal, papai-noel;<br />o presente no sapato.<br /><br />As trancinhas da menina,<br />calças curtas do menino,<br />olhares soltos na esquina,<br />o sorriso pequenino.<br /><br />Ser craque de futebol,<br />vingar-se do grandalhão:<br />__conquistar lugar ao sol<br />e a força do medalhão.<br /><br />Aquele dente-de-leite<br />a chuva tirou do teto,<br />boneca virou enfeite,<br />espinha no rosto é afeto.<br /><br />O pensamento maduro<br />põe os pés no chão agora;<br />pela porta do futuro<br />linda infância foi embora.<br /><br />Oh! infância viajante<br />onde o céu era o limite,<br />hoje é um mundo tão distante...<br />não há fase que a imite.<br /><br />Oh! infância da pureza<br />angelical, saudosista<br />de sonhar sua beleza<br />que minha alma não desista!<br /><br />Quem viveu a plena infância<br />sabe do que estou falando.<br />Lembrá-la encurta a distância<br />e esquece o mundo nefando!!<br />------------------------------------<br />OBS.- Da antologia "Quando vierem as rosas" 2009 UBT Seção de Bauru.<br />------------------------------------João Batistahttp://www.blogger.com/profile/12637359470527841741noreply@blogger.com5